segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Mercado dobrou de tamanho em apenas quatro anos



16/08/2013 / Fonte: CQCS

O mercado de seguros mais do que dobrou de tamanho em apenas quatro anos. É o que apontam dados oficiais da Superintendência de Seguros Privados (Susep), segundo os quais a receita apurada de janeiro a junho deste ano, da ordem de R$ 73,5 bilhões, foi 109,7% maior que a registrada no primeiro semestre de 2009. Já em comparação aos seis primeiros meses do ano passado, houve incremento de 19,4%.
E mais: as estatísticas disponibilizadas pela autarquia indicam que o faturamento do setor acumulado no primeiro semestre deste ano está bem perto do total arrecadado em todo o exercício de 2009, quando o mercado apurou R$ 76,6 bilhões em receitas.
Outro ponto importante foi a queda expressiva da taxa média de sinistralidade do setor, que despencou de 53% para 45% entre junho de 2009 e o mesmo mês, no atual exercício.
Esses dados incluem a receita apurada com a comercialização do VGBL, mas não foram computados o seguro saúde, que está sob a alçada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os planos de previdência privada complementar aberta e a capitalização.
Em comparação aos seis primeiros meses do ano passado, o bom desempenho do setor voltou ser favorecido pela queda da taxa média de sinistralidade, de 48% para 45%. Mesmo assim, entre os dois períodos comparados, houve um crescimento de 12,1% dos sinistros, para pouco menos de R$ 15,9 bilhões.
Isso significa que, nos seis primeiros meses do ano, o mercado devolveu para a sociedade, na forma de indenizações, benefícios e resgates, algo em torno de R$ 88 milhões por dia, incluindo finais de semana e feriados, ou ainda R$ 3,6 milhões a cada hora.
Já as despesas comerciais, que incluem as comissões pagas aos corretores de seguros, cresceram 13,1% entre os dois períodos comparados, somando R$ 7,6 bilhões no primeiro semestre deste ano.
AUTO. Segundo a Susep, um dos destaques do semestre foi a carteira de automóveis, que gerou um volume de prêmios da ordem de R$ 13,9 bilhões de janeiro a junho, o que representou um incremento de 22,1% em comparação aos seis primeiros meses do ano passado. Nesses valores não constam apenas as cifras referentes ao seguro obrigatório (Dpvat).
Já a taxa média de sinistralidade apurada na carteira de automóveis despencou de 67% para 61% entre os dois períodos comparados. Contudo, os sinistros retidos pelas seguradoras nesse ramo apresentaram alta de 10,6%, para pouco acima de R$ 8 bilhões.
DESTAQUE. Com base nesses dados oficiais, a Castiglione Consultoria Empresarial elaborou relatório que indica um volume global de vendas (sem as operações com seguro saúde) da ordem de R$ 92 bilhões contra R$ 78 bilhões do ano passado, um crescimento de 18,5%. “Os mercados que mais cresceram foram o VGBL e a capitalização”, afirma o consultor Luiz Roberto Castiglione, responsável pelo estudo.
Segundo ele, no caso do VGBL, houve avanço de 19,7%, para R$ 33,6 bilhões. Dessa forma, a participação desse produto no faturamento global do setor saltou de 36,2% para pouco menos de 36,6%.
Já o setor de capitalização cresceu 28,4%, para R$ 10,1 bilhões, tendo sua fatia na receita total do mercado aumentado de 10,1% para 10,9%.

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